22/08/11

Dia 5 - O Safari

18 de Agosto, 2011
Selous Game Reserve, Tanzânia

Como combinado, às 7h e 30m estávamos no parque de estacionamento preparados para conhecer aquela que é a maior reserva natural de África, cerca de 50.000 km2 (o dobro da Bélgica!), equivalente a 5% da área total da Tanzânia. É alimentado pelo rio Rufiji, que passa por baixo da minha varanda neste momento, um dos maiores rios da África Oriental, e é o lar de cerca de 1.000.000 de animais de grande porte. Conclusão: muita coisa para ver.

Depois de "encharcado" em repelente, Cristopher meteu pedal a fundo e lá fomos nós levantar poeira para a savana africana. Ao fim de uma hora e meia só tinha visto dois tipos de animais, uma família de elefantes que iam "minando" a estrada conforme passavam e mosquitos. Enquanto que os primeiros eram uns 5 ou 6 (incluindo um pequenino Dumbo do qual infelizmente não consegui uma foto), os últimos eram milhares, chatos, vinham de todo o lado e paravam em todos os mm² do meu corpo que não tinham vestígios de repelente. Durante o resto da manhã foi um fartote de animais:

- Girafas - são de rir quando começam a correr, parece que estão em câmara lenta, embora consigam correr bastante rápido. Vimos bastantes, normalmente em grupos de 5 ou 6, e fugiam sempre mal ouviam o carro.

- Zebras - as crinas sempre de pé (como se usassem laca) fazem-me lembrar os capacetes dos romanos que se vêem em inúmeras representações.

- Impalas - são às centenas, sempre medrosas, mas sempre engraçadas com um pequeno rabinho de um lado para o outro. Enquanto umas comem, outras estão de cabeça erguida em busca de ameaças.

- Javalis - (já falei sobre eles ontem) estes vi em menor número que os anteriores, mas sempre em grupos de 4 ou 5.

- Hipopótamos - são sempre muito engraçados com as suas orelhas pequeninas fora de água a dar a dar. Ao perto não consegui ver nenhum, mas dentro de água cheguei a ver grupos com cerca de 10/12 indivíduos. Mantém-se dentro de água para regular a temperatura corporal e saem durante a noite para procurar mais alimentos.

- Crocodilos - vi imensos, sobretudo pequenos. O Cristopher disse-me que neste parque chegam a um tamanho máximo de 4 metros, mas no Serengeti, mais a norte, alguns indivíduos podem ter 6/7 metros. Alguns davam uns belos pares de sapatos.

Por fim chegou a vez dos leões. Andamos numa região onde é comum eles aparecerem, mas só ao fim de uns 30 minutos, fomos dar com eles a deliciarem-se com um búfalo que tinham caçado umas horas antes. Este festim só pode ser descrito com o uso de fotografias, mas tentem imaginar um búfalo deitado de barriga aberta e um leão com a cabeça enfiada dentro dele à procura de partes melhores para comer, enquanto que outros 3 estavam espreguiçados ao sol. São autênticos gatos mas maiores e não comem ração. Durante a tarde acabamos por encontrar uma outra família de leões, maior, e com dois pequenos Simbas! Nunca pensei que fosse possível estar tão perto destes animais, claro que não deviam estar esfomeados senão tinham em nós 5 boas refeições entregues ao domicílio, mas parecem ser tão pacíficos que dá vontade de saltar do carro para estar com eles. Houve ainda tempo, no caminho para o hotel, para mais girafas, zebras e impalas. Ficaram a faltar mais elefantes e rinocerontes, mas também não se pode ter tudo.

Ao fim do dia ficamos a saber que amanhã temos a manhã para descansar e que durante a tarde está planeado um passeio no rio Rufiji. Promete.

Até amanhã

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