02/09/11

Dia 13 - Um Dia no Paraíso

26 de Agosto, 2011
Ilha de Bazaruto, Moçambique

Começo por vos perguntar, como acham que é passar um dia no Paraíso? Já formaram a vossa ideia? Então vou vos contar como foi o meu.

Ao acordar o céu estava cinzento e pouco convidativo à praia (durante o dia o sol furou as nuvens e melhorou). O pequeno almoço estava óptimo com uma grande variedade de pastelaria, panquecas, ovos (mexidos, esfalfados, cozidos e estrelados), salsichas, feijão, fruta e sumos naturais. Apenas ficaram a faltar os famosos camarões na chapa, mas ainda tinha o almoço e o jantar para os deliciar.

Depois fui dar uma vista de olhos pelas diversas actividades que o hotel tem disponível a ver se escolhia alguma coisa. A variedade é imensa, desde passeios a cavalo, pesca em alto mar, caça submarina, passeios de barco, cayak, gaivotas, mas fiquei-me por uma máscara e um par de barbatanas para um eventual snorkelling em frente ao hotel. Apesar de o tempo ainda não ser o ideal, pus protector e fui até à praia ler um novo livro oferecido pelo meu Pai, "Drawn from the plains" de Lynne Tinley, e retrata a história dela e do marido que viveram durante alguns anos no Parque Etosha, Namíbia, e mais tarde mudaram-se para a Gorongosa. Quando os primeiros raios de sol espreitaram, foi altura de ir experimentar a água e aproveitar a maré vaza para procurar um dos meus animais marinhos favoritos, o São Bernardo Ermita. Estes pequenos animais (crustáceos?) procuram por conchas abandonadas e depois acabam por viver nelas. São verdadeiros "ocupas". Começou então a cheirar a camarão na grelha, o que indicava que o almoço estava pronto. Era um buffet e estava fantástico. Tinha tudo, desde pizza a salada de queijo feta. Desconfio que este é um passeio gastronómico disfarçado de rally de clássicos!

Da parte da tarde decidi-me então a experimentar a máscara e as barbatanas, e seguindo os conselhos do empregado que mas emprestou, fui à procura de um poço onde poderia encontrar alguns peixes interessantes. Tirando os recifes, que se encontram a cerca de 200 metros da costa, o poço revelou-se uma excelente alternativa. Trata-se de uma depressão na areia, mesmo em frente ao meu quarto, e que tem no seu interior o que será os restos de um pequeno barco. Não tinha todos aqueles peixes tropicais característicos dos corais, mas acabei por encontrar peixes bonitos. Alguns tinham umas riscas azul-néon, outros eram daqueles grandes, gordos e feios que estão sempre junto ao chão. Para os restos de um barco não estava nada mal. Vi também um coral, num tom azul-néon, e o que me pareceu ser um peixe-leão, mas também não fiquei para confirmar, pois é venenoso! Ao sair de água o céu já estava limpo e deu para aproveitar uns banhos de sol até ao fim do dia.

O jantar foi novamente buffet, com mais camarão à mistura, e também algum dos peixes que foram pescados de manhã por participantes do rally. Estava delicioso! Chegou então a hora de ir para a cama, que amanhã cedo tenho de apanhar um avião para o mundo real novamente.

E agora pergunto, como seria o vosso dia no Paraíso?

Até amanhã

2 comentários:

  1. Hmmmm nunca tinha pensado o quão importante é incluir boa comida no paraíso!!! Claro que sim!!!

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  2. Tens mesmo que pôr aqui a foto da ilha... :)

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