1 de Setembro, 2011
Maseru, Lesotho
Acordar e ver uma boa paisagem é sempre bom. Acordar e ver as montanhas de Drakensberg é fantástico! O aspecto cinematográfico de ontem à tarde mantém-se e cada elevação agora brilha com os primeiros raios de sol dando uma sensação de nada ser real. Parece um cenário que está montado por detrás da minha mesa do pequeno-almoço. Surreal era também o pequeno-almoço, tal era a variedade e qualidade dos produtos oferecidos. Foi sem dúvida dos melhores que já foram servidos nestas últimas semanas e aproveitei para levar umas bananas para se ir comendo durante o dia.
Logo à saída do hotel tínhamos à nossa espera uma secção especial cronometrada. No início tudo corria bem, mas acabou por ser um desastre aqui para o "24". Mais ou menos a meio da prova, e depois de já termos feito um meio peão numa curva, o carro escorregou e foi até à berma. Por sorte não batemos em nada, mas para mim estava a parecer perigoso demais para um passeio de clássicos. Acabamos por chegar ao fim com 2 minutos de penalização (o que não foi muito quando comparado com os outros carros) e um pneu furado (só descobrimos no fim, mas provavelmente furou quando o carro fugiu para a berma). Mudar o pneu foi tudo menos complicado, a experiência adquirida com os problemas na suspensão e travões tornou-me um especialista em trocar pneus.
Decididos a poupar o carro para os 4 dias que faltam embarcamos numa viagem/passeio pelas montanhas. Seguindo devagarinho foi possível continuar a apreciar a paisagem até Maseru, a capital do Reino do Lesoto. Passamos a fronteira sem qualquer problema, apenas foi preciso preencher o típico papel a informar quem somos, de onde vimos e para onde vamos. A organização tinha preparado um almoço num restaurante que se situava no topo de uma montanha e nós estávamos a caminho quando... acabou a gasolina. Era uma situação que eu já esperava, sendo que desde de Moçambique o meu Pai só metia a gasolina estritamente necessária para se chegar a uma outra bomba de gasolina, ao contrário de toda a gente, que mal podia enchia o depósito. Pelas contas dele teria tudo dado certo, não fosse a bomba de gasolina escolhida estar fechada e então, 40 km depois (como podem ver estava tudo contado à gota) o carro deu de si. Por sorte vinha atrás de nós o Daniel Schoch que estava (obviamente) precavido com dois jerricans cheios do precioso líquido. O que mais me custou não foi o estar parado à espera de alguém que nos arranjasse a gasolina, mas sim o facto de termos perdido o almoço por causa disso!
Até amanhã
Vais ser dado como desaparecido se não continuares a escrever! Ficaste perdido em Maseru??? Continua a história!!! ;)
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